Os números consolidados da semana que se encerrou neste sábado (31) indicam que o país não conseguiu manter os números de novos casos da covid-19 abaixo do patamar de 150 mil a cada sete dias. O Brasil havia registrado dados inferiores a essa marca na segunda semana de outubro. Contudo, tanto no período seguinte, quanto nesses últimos dias do mês, o total de contaminados superou a barreira.
São dados bem menos expressivos que os registrados entre junho e setembro. Nesses meses o país chegou a ter mais de 300 mil casos por semana. Ainda assim, o patamar acima de 150 mil mantém o Brasil entre as nações que mais registram números absolutos de pacientes com covid-19. De acordo com as informações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), os novos casos aumentaram em nove estados.
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No Sudeste tiveram alta Rio de Janeiro (de 9.254 para 11.154) e São Paulo (de 26.621 para 26.872). No Sul, Santa Catarina (de 10.213 para 13.962) e Rio Grande do Sul (de 11.384 para 13.500) também registraram maior número de infectados. Na região Nordeste houve mais casos em Pernambuco (de 3.297 para 3.673) e Paraíba de (2.242 para 2.491). No Norte, Pará (de 5.639 pra 6.314) e Acre (de 524 parra 539) relataram registros mais expressivos e no Centro-Oeste houve incremento no Mato Grosso do Sul (de 2.588 para 2.745).
Os registros de mortes seguem crescendo em velocidade menor a cada semana. Entre o domingo (25) e este sábado (31), foram confirmados 2.980 óbitos. É a primeira vez desde o fim de abril que a soma de sete dias fica abaixo de 3 mil. Os números totais de casos fatais do novo coronavírus chegaram a 159.883 neste sábado (31). Foram confirmados 406 óbitos em um dia. A soma de contaminados é de 5.535.460 e somente nas últimas 24 horas houve registro de 18.802 novos pacientes.
Governadores se mobilizam pela vacina
O Fórum Nacional de Governadores articula uma audiência com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para iniciar diálogos sobre a vacina contra a covid-19. A inteção é alinhar os trabalhos pela vacina no Brasil às ações desenvolvidas globalmente pela OMS. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT) será o representante do Fórum na conversa com o médico brasileiro Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da oficina regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Há ainda a expectativa de uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O grupo que entender como a pasta vai se articular a partir da aprovação de um imunizante pela Anvisa, principalmente no que diz respeito à incorporação da vacina ao Plano Nacional de Imunização. Na agenda estão previstos também encontros com os presidentes da Câmara e do Senado, com a intenção de garantir recursos para a campanha de vacinação.
“Precisamos saber qual o volume de recursos para garantir essa grande operação de imunização e o Congresso é quem vai aprovar este montante. Qualquer que seja a vacina, se ela for aprovada cientificamente e com autorização da Anvisa, governos e municípios terão dificuldade de fazer imunização sem o apoio do Governo Federal”, explica Dia.
O que é o novo coronavírus?
Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Edição: Daniel Lamir